O universo infantil geralmente é uma
espécie de caixinha de surpresas. Todo dia é uma descoberta, uma novidade, um
aprendizado.
Há coisas que fazemos na infância
e não fazemos ideia de como irão influenciar nossa formação. O interesse pela
leitura ilustra bem isso.
Quando criança, ficava encantada
com um livro enorme que havia em casa. Ele reunia vários contos de fadas e eu
adorava ficar folheando e vendo aquelas figuras coloridas. Isso acontecia
também com os gibis da Turma da Mônica e do Mickey que meu pai comprava para
minha irmã. Como ainda não sabia ler, uma tia fazia isso para mim todas as
noites antes de ir dormir. Eu ouvia fascinada as histórias vividas por aqueles
personagens tão especiais e a sensação que eu tinha era que estava ali,
pertinho deles acompanhando e vivendo com eles aquelas aventuras.
Quando enfim aprendi a ler, fui
ficando cada vez mais envolvida pelo universo literário. Daí em diante os
livros, os gibis e as revistas passaram a ser amigos bem próximos e queridos.
Cursei o ensino fundamental em um
colégio salesiano dirigido por freiras. A educação era bem rígida. Tínhamos a
leitura obrigatória dos tais paradidáticos que eram solicitados na lista de
material escolar. Confesso que algumas dessas histórias não me agradaram, mas
como era leitura obrigatória eu tinha que cumprir, pois precisava preencher a
ficha de leitura que acompanhava o livro.
Lembro que no último ano na
escola, a professora de Língua Portuguesa proporcionou uma atividade avaliativa
diferente, que consistia em cada equipe escolher um livro para ler e depois
contar a história para turma, como forma de incentivar novos leitores para
aquela obra.
Eu fiquei encantada com o romance
que minha equipe escolheu: “A marca de uma lágrima”, de Pedro Bandeira. Pelo
resumo parecia ser muito bom e eu realmente confirmei isso. Tanto que depois
das apresentações e no período de férias acabei relendo-o várias vezes.
Muitas outras obras vieram.Outras
histórias, aventuras, personagens, lições aprendidas. E assim fui trilhando meu caminho até chegar
ao curso de graduação em Letras. Mais leituras, mais aprendizado e mais
encantamento pelo universo literário.
E hoje percebo o quanto os
primeiros passos foram importantes para que eu trilhasse esse caminho de descobertas,
de transformações e de eterno fascínio por esse mundo mágico que é a leitura.
E você, qual é a sua história por
trás das histórias?
Meus caminhos pela leitura
Antes minha
experiência com a leitura não era boa. Nos momentos da infância não me
importava tanto, e sem ser por esse fato, pois minha família sempre me
incentivava.
Hoje tenho mais
apreço pela leitura, porém dou prioridade para os livros nacionais.
Não me recordo
de um livro que marcou minha passagem literária, mas aos cinco anos comecei a
ter experiência com as palavras.
A principal
motivadora foi minha mãe, sempre me acompanhando em textos escolásticos e
pequenos livros infantis. Na fase da adolescência muitos pensam que a leitura é
perda de tempo, o que acontece é que muitos estão alienados e saturados de
outras atividades que parecem ser mais "importantes".
Atualmente
tenho me interessado por um livro clássico dos "contos de fada". A
narração e o desenvolvimento da história me cativaram. Falo de "As
crônicas de Nárnia", apesar dos livros não terem nascimento no Brasil, o
autor transmite a história de um jeito novo, mesmo tendo sido criada há
décadas.
Se fosse
recomendar, com certeza seria esse livro e, a partir da minha nova visão, ler
te classifica e te forma.
(Lucas Lucena)
Uma jornada inesperada pela
leitura
Acredito que todos devem ter alguma bela história sobre o início de sua jornada no mundo literário que traz alguma reflexão a quem a está lendo sobre esse maravilhoso mundo que a leitura nos proporciona.Se você está esperando por isso, temo que a decepcione.
Acredito que todos devem ter alguma bela história sobre o início de sua jornada no mundo literário que traz alguma reflexão a quem a está lendo sobre esse maravilhoso mundo que a leitura nos proporciona.Se você está esperando por isso, temo que a decepcione.
Bem, a
minha caminhada no mundo dos livros começou por acaso, durante muitos anos ler
aos meus olhos parecia algo chato e tedioso. Meu primeiro contato foi na
biblioteca de minha antiga escola, onde incrivelmente era proibido ler os
livros paradidáticos e só era possível utilizá-la para rápidas pesquisas. Confesso que a utilizava apenas para matar as aulas de educação física com o
pretexto de "fazer trabalhos".
Um ano se passou e os meus
"trabalhos intermináveis" começaram a chamar a atenção da
bibliotecária, que logo descobriu o que eu realmente fazia ali e numa tentativa
de reverter a situação disse que eu sempre voltava, pois estava lendo alguns
livros e que tinha criado o gosto pela leitura, o que não passava de uma grande
mentira, embora fosse óbvio.
Ela resolveu fingir que tinha acreditado no meu
discurso e em troca prometi que sempre que estivesse ali a ajudaria na
arrumação dos livros. Após ter sido descoberta, senti-me culpada por estar
mentindo, resolvi dar uma chance à leitura e num movimento aleatório tirei um
livro qualquer da prateleira, era uma das histórias de Sherlock Holmes.
É
incrível a forma com que os livros nos envolvem nas coisas, lembro de ter
ficado maravilhada e em uma semana li toda a coleção de histórias do sherlock
que havia ali, o que foi uma grande surpresa para mim e principalmente aos
meus conhecidos, pois anteriormente rejeitava veementemente qualquer coisa
relacionada à leitura.
Os anos se passaram e a bagagem literária continua a crescer,
tenho muita sorte de ter várias pessoas que me incentivam a continuar nessa
jornada e que podem compartilhar suas experiências comigo, percebo o quanto fui
tola ao julgar algo que não conhecia, sinto uma pontinha de tristeza por não
ter descoberto esse mundo antes. Ainda tenho muito o que aprender e viver,
oportunidades não irão faltar. Aos que ainda possuem a mente fechada aos
livros, acredito que todos podem gostar de leitura.
Talvez você não tenha
apenas encontrado seu estilo, mas quando encontrar vai adorar.
(Talita Gomes)
O começo de tudo
Meu gosto pela leitura foi iniciado aos treze anos de idade.
Eu não lia nenhum tipo de livro, nada me interessava. Eu
começava a ler e logo enjoava. Era como se o livro dissesse para mim: “ Enjoei
de você, me larga! ”
Na primeira vez que li, minha professora de português,
Lidiane, distribuiu um livro na sala de aula. Peguei o livro e logo achei que
era mais um, que ia se tornar chato, mas quando comecei a ler, não queria mais
parar.
Agora quero ler de tudo, mas nem tanto. Gosto de me
interessar pelo livro, de querer mais e de querer reler.
Hoje estou com dezesseis anos e ainda sou viciada em ler.
Agradeço à minha professora Lidiane por me incentivar a leitura.
Já li alguns livros e tenho outros salvos no meu pen drive.
Só me faltam o computador e os livros na mão. Assim, não vou mais parar de ler.
(Cibelly Brito)
De quadrinhos para educação
financeira
Meus primeiros contatos com a
leitura foram bem cedo.Com o auxílio dos meus professores na escola e dos meus
pais em casa, pude desenvolver minha leitura com mais facilidade para
futuramente começar minha viagem pelos livros de gestão financeira, empreendedorismo
e marketing.
Antes mesmo de aprender a ler, meus
pais me colocaram em contato com a leitura. Minha mãe tinha o costume de me
fazer dormir lendo histórias e isso fez com que minha imaginação fosse
despertada bem cedo. Quando entrei na escola e aprendi a juntar as primeiras
sílabas, passei a querer ler tudo que via ao meu redor e graças a isso, obtive
melhores resultados na escola.
Com o tempo fui perdendo o
interesse em ler quadrinhos e histórias dramáticas.No entanto, meu primo me
indicou um livro chamado “Pai Rico, Pai Pobre” de Robert Kiyosaki. Lendo o
livro minha forma de pensar mudou totalmente, o livro abriu minha mente e desde
então comecei a ler cada vez mais livros e me aprofundar sobre educação
financeira.
Portanto, foi através da leitura
que percebi que aquela antiga conversa de que para ser alguém na vida você
precisa “ir para a escola, tirar notas boas e passar na faculdade” está cada
vez mais longe da realidade.
Infelizmente a sociedade nos coloca nessa
“corrida de ratos” desde cedo, todavia, a realidade financeira é bem diferente
disso, e isso explica o fato de tanto dinheiro estar concentrado na mão de
poucos e a maioria estar batalhando para conseguir se sustentar.
(Lucas de Assis Feitosa Batista)
(Lucas de Assis Feitosa Batista)