segunda-feira, 30 de março de 2015

A história por trás das histórias


O universo infantil geralmente é uma espécie de caixinha de surpresas. Todo dia é uma descoberta, uma novidade, um aprendizado.
Há coisas que fazemos na infância e não fazemos ideia de como irão influenciar nossa formação. O interesse pela leitura ilustra bem isso.
Quando criança, ficava encantada com um livro enorme que havia em casa. Ele reunia vários contos de fadas e eu adorava ficar folheando e vendo aquelas figuras coloridas. Isso acontecia também com os gibis da Turma da Mônica e do Mickey que meu pai comprava para minha irmã. Como ainda não sabia ler, uma tia fazia isso para mim todas as noites antes de ir dormir. Eu ouvia fascinada as histórias vividas por aqueles personagens tão especiais e a sensação que eu tinha era que estava ali, pertinho deles acompanhando e vivendo com eles aquelas aventuras.



Quando enfim aprendi a ler, fui ficando cada vez mais envolvida pelo universo literário. Daí em diante os livros, os gibis e as revistas passaram a ser amigos bem próximos e queridos.
Cursei o ensino fundamental em um colégio salesiano dirigido por freiras. A educação era bem rígida. Tínhamos a leitura obrigatória dos tais paradidáticos que eram solicitados na lista de material escolar. Confesso que algumas dessas histórias não me agradaram, mas como era leitura obrigatória eu tinha que cumprir, pois precisava preencher a ficha de leitura que acompanhava o livro.
Lembro que no último ano na escola, a professora de Língua Portuguesa proporcionou uma atividade avaliativa diferente, que consistia em cada equipe escolher um livro para ler e depois contar a história para turma, como forma de incentivar novos leitores para aquela obra.
Eu fiquei encantada com o romance que minha equipe escolheu: “A marca de uma lágrima”, de Pedro Bandeira. Pelo resumo parecia ser muito bom e eu realmente confirmei isso. Tanto que depois das apresentações e no período de férias acabei relendo-o várias vezes.
Muitas outras obras vieram.Outras histórias, aventuras, personagens, lições aprendidas.  E assim fui trilhando meu caminho até chegar ao curso de graduação em Letras. Mais leituras, mais aprendizado e mais encantamento pelo universo literário.
E hoje percebo o quanto os primeiros passos foram importantes para que eu trilhasse esse caminho de descobertas, de transformações e de eterno fascínio por esse mundo mágico que é a leitura.



E você, qual é a sua história por trás das histórias?



Meus caminhos pela leitura

Antes minha experiência com a leitura não era boa. Nos momentos da infância não me importava tanto, e sem ser por esse fato, pois minha família sempre me incentivava.
Hoje tenho mais apreço pela leitura, porém dou prioridade para os livros nacionais.
Não me recordo de um livro que marcou minha passagem literária, mas aos cinco anos comecei a ter experiência com as palavras.
A principal motivadora foi minha mãe, sempre me acompanhando em textos escolásticos e pequenos livros infantis. Na fase da adolescência muitos pensam que a leitura é perda de tempo, o que acontece é que muitos estão alienados e saturados de outras atividades que parecem ser mais "importantes".
Atualmente tenho me interessado por um livro clássico dos "contos de fada". A narração e o desenvolvimento da história me cativaram. Falo de "As crônicas de Nárnia", apesar dos livros não terem nascimento no Brasil, o autor transmite a história de um jeito novo, mesmo tendo sido criada há décadas.
Se fosse recomendar, com certeza seria esse livro e, a partir da minha nova visão, ler te classifica e te forma.


(Lucas Lucena)




Uma jornada inesperada pela leitura

            Acredito que todos devem ter alguma bela história sobre o início de sua jornada no mundo literário que traz alguma reflexão a quem a está lendo sobre esse maravilhoso mundo que a leitura nos proporciona.Se você está esperando por isso, temo que a decepcione. 
Bem, a minha caminhada no mundo dos livros começou por acaso, durante muitos anos ler aos meus olhos parecia algo chato e tedioso. Meu primeiro contato foi na biblioteca de minha antiga escola, onde incrivelmente era proibido ler os livros paradidáticos e só era possível utilizá-la para rápidas pesquisas. Confesso que a utilizava apenas para matar as aulas de educação física com o pretexto de "fazer trabalhos".
 Um ano se passou e os meus "trabalhos intermináveis" começaram a chamar a atenção da bibliotecária, que logo descobriu o que eu realmente fazia ali e numa tentativa de reverter a situação disse que eu sempre voltava, pois estava lendo alguns livros e que tinha criado o gosto pela leitura, o que não passava de uma grande mentira, embora fosse óbvio. 
Ela resolveu fingir que tinha acreditado no meu discurso e em troca prometi que sempre que estivesse ali a ajudaria na arrumação dos livros. Após ter sido descoberta, senti-me culpada por estar mentindo, resolvi dar uma chance à leitura e num movimento aleatório tirei um livro qualquer da prateleira, era uma das histórias de Sherlock Holmes. 
É incrível a forma com que os livros nos envolvem nas coisas, lembro de ter ficado maravilhada e em uma semana li toda a coleção de histórias do sherlock que havia ali, o que foi uma grande surpresa para mim e principalmente aos meus conhecidos, pois anteriormente rejeitava veementemente qualquer coisa relacionada à leitura.
 Os anos se passaram e a bagagem literária continua a crescer, tenho muita sorte de ter várias pessoas que me incentivam a continuar nessa jornada e que podem compartilhar suas experiências comigo, percebo o quanto fui tola ao julgar algo que não conhecia, sinto uma pontinha de tristeza por não ter descoberto esse mundo antes. Ainda tenho muito o que aprender e viver, oportunidades não irão faltar. Aos que ainda possuem a mente fechada aos livros, acredito que todos podem gostar de leitura.
Talvez você não tenha apenas encontrado seu estilo, mas quando encontrar vai adorar.
(Talita Gomes)

O começo de tudo
Meu gosto pela leitura foi iniciado aos treze anos de idade.
Eu não lia nenhum tipo de livro, nada me interessava. Eu começava a ler e logo enjoava. Era como se o livro dissesse para mim: “ Enjoei de você, me larga! ”
Na primeira vez que li, minha professora de português, Lidiane, distribuiu um livro na sala de aula. Peguei o livro e logo achei que era mais um, que ia se tornar chato, mas quando comecei a ler, não queria mais parar.
Agora quero ler de tudo, mas nem tanto. Gosto de me interessar pelo livro, de querer mais e de querer reler.
Hoje estou com dezesseis anos e ainda sou viciada em ler. Agradeço à minha professora Lidiane por me incentivar a leitura.
Já li alguns livros e tenho outros salvos no meu pen drive. Só me faltam o computador e os livros na mão. Assim, não vou mais parar de ler.

(Cibelly Brito)




De quadrinhos para educação financeira

            Meus primeiros contatos com a leitura foram bem cedo.Com o auxílio dos meus professores na escola e dos meus pais em casa, pude desenvolver minha leitura com mais facilidade para futuramente começar minha viagem pelos livros de gestão financeira, empreendedorismo e marketing.
            Antes mesmo de aprender a ler, meus pais me colocaram em contato com a leitura. Minha mãe tinha o costume de me fazer dormir lendo histórias e isso fez com que minha imaginação fosse despertada bem cedo. Quando entrei na escola e aprendi a juntar as primeiras sílabas, passei a querer ler tudo que via ao meu redor e graças a isso, obtive melhores resultados na escola.
            Com o tempo fui perdendo o interesse em ler quadrinhos e histórias dramáticas.No entanto, meu primo me indicou um livro chamado “Pai Rico, Pai Pobre” de Robert Kiyosaki. Lendo o livro minha forma de pensar mudou totalmente, o livro abriu minha mente e desde então comecei a ler cada vez mais livros e me aprofundar sobre educação financeira.
            Portanto, foi através da leitura que percebi que aquela antiga conversa de que para ser alguém na vida você precisa “ir para a escola, tirar notas boas e passar na faculdade” está cada vez mais longe da realidade.

 Infelizmente a sociedade nos coloca nessa “corrida de ratos” desde cedo, todavia, a realidade financeira é bem diferente disso, e isso explica o fato de tanto dinheiro estar concentrado na mão de poucos e a maioria estar batalhando para conseguir se sustentar.

(Lucas de Assis Feitosa Batista)

segunda-feira, 16 de março de 2015

Leitura: o poder da transformação nas palavras


“Daqui a cinco anos você será a mesma pessoa que é hoje, exceto por duas coisas, os livros que você lê e as pessoas com quem você se associa.”
Essa frase do autor Charlie Jones vem reforçar o que bem lá no fundo já sabemos. Todos os dias o ser humano tem diante de si uma escolha a fazer: permanecer o mesmo, cultivando velhos hábitos, tendo os mesmos pensamentos ou trilhar um caminho em busca do conhecimento e, consequentemente, do aprendizado e do crescimento.          
Ao longo de nossa caminhada, passamos por inúmeras situações e através delas vamos adquirindo experiências e conhecimento. No entanto, nem sempre atentamos para o fato de que a mudança que tanto desejamos pode estar ao nosso alcance.
O avanço tecnológico trouxe consigo uma variedade de formas de comunicação e interação. Os sites, aplicativos, blogues e as redes sociais permitem aos internautas o acesso a uma infinidade de conteúdos e de informações que são atualizados e todo instante. As notícias são veiculadas em tempo real e a troca de mensagens é instantânea.
 Com isso, o hábito da leitura aos poucos vai sendo deixado de lado. Aquele tempo livre que antes era preenchido com a companhia de um bom livro passa a ser dedicado ao acompanhamento, atualização de postagens de conteúdos nas redes sociais e troca de mensagens via aplicativos.
E assim, para algumas pessoas, o ato de ler um jornal, uma revista ou uma obra completa passa a ser algo maçante e pouco atrativo diante de uma infinidade de conteúdos apresentados no mundo cibernético. Conteúdos estes muitas vezes incompletos, desatualizados, com erros de grafia ou sem qualquer credibilidade.
Ler por ler, com pressa, ler por obrigação e sem qualquer entusiasmo pelo conhecimento acaba contribuindo para o afastamento desse público leitor que tanto queremos resgatar.
O que se busca, na verdade, é uma forma de incentivar esses leitores, conscientizá-los a respeito do poder enriquecedor e transformador da leitura quando esta é feita de uma forma correta e significativa. 
Os professores de Língua Portuguesa diariamente encontram esse desafio pela frente. Como fazer esse resgate? Que recursos utilizar para tornar o livro mais interessante que o celular, o computador, o tablet?  Ou de que forma inserir essas ferramentas tecnológicas nas aulas de leitura?

Não é uma tarefa muito fácil, mas é preciso dar o primeiro passo. É preciso querer e tentar ser esse mediador das palavras que transformam.


terça-feira, 10 de março de 2015

Além da sala de aula



O que dizer sobre esse filme?  Simplesmente emocionante!
Na semana passada tive a oportunidade de assisti-lo e fiquei encantada com essa história. Uma jovem de 24  anos que sempre teve o sonho de ser professora, inicia sua carreira no magistério sendo enviada para lecionar para crianças de rua em uma sala de aula improvisada em um abrigo.
Cheia de sonhos e expectativas em seu primeiro emprego, a jovem se depara com um choque de realidade ao chegar ao local: Uma sala de aula deteriorada, com estrutura física precária, sem material didático e com alunos indisciplinados. Sem contar com a total falta de interesse dos pais pela educação dos filhos.
 Stacey voltava  para casa decepcionada, pensando em desistir e deixar para trás aquele lugar. No entanto, ela tomou a decisão de ficar e enfrentar as dificuldades, pois assumira um compromisso e precisava fazer alguma coisa por aquelas crianças que dependiam dela.
E assim o fez. Foi à luta em busca de recursos e de apoio para mudar aquela triste realidade.


Baseado em uma história real, esse filme é uma verdadeira lição de coragem, de amor pela educação e de determinação.
Sem dúvida alguma, todo professor já passou por dificuldades semelhantes em algum momento de sua carreira. Também já passou pelo momento de pensar em largar tudo e desistir. No entanto, assumimos um compromisso. Aceitamos entrar nessa caixinha de surpresas chamada magistério. E assim vamos caminhando, lutando por dias melhores, resolvendo problemas, superando nossos medos, nossas limitações e os inúmeros desafios que encontramos pela frente.

Infelizmente nossa profissão não recebe o devido valor e muitos colegas acabam desistindo, indo para  outras áreas, em busca de outros caminhos para a realização e o reconhecimento profissional.Os que permanecem são verdadeiros heróis da resistência.

Nem sempre é fácil escolher ficar, mas já que ainda estamos aqui, que tal tentarmos fazer a diferença?

Para início de conversa


Olá a todos! Sejam muito bem-vindos!
Caros visitantes,
Aqui iniciamos as atividades em nossa página,criada com todo o carinho para ser utilizada como um espaço de troca de ideias, de experiências de  práticas pedagógicas que fizeram e fazem a diferença nesse fantástico mundo das letras em que vivemos,além de também ser um ponto de encontro de pessoas que ainda acreditam que o conhecimento  é a maior riqueza que adquirimos em nossa caminhada.
 Aqui também serão divulgados os trabalhos dos  alunos,pois talento é para ser mostrado e boas ideias precisam ser compartilhadas.

Sintam-se à vontade. Ou melhor,sintaxe à vontade! ;-)

Com vocês, um pouco de Fernando Anitelli, um sujeito que conjuga verbos,combina palavras, transformando-as em lindas canções que tornam o Teatro Mágico esse sucesso fantástico.


O Teatro Mágico

Mágramática

(Fernando Anitelli)


 Todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
Todo verbo é livre para ser direto ou indireto
Nenhum predicado será prejudicado
Nem tampouco a frase, nem a crase
Nem a vírgula e ponto final
Afinal, a má gramática da vida
Nos põe entre pausas
Entre vírgulas
E estar entre vírgulas
Pode ser aposto
E eu aposto o oposto
Que vou cativar a todos
Sendo apenas um sujeito simples
Um sujeito e sua visão
Sua pressa e sua prece
Que enxerguemos o fato
De termos acessórios para a nossa oração
Adjuntos ou separados
Nominais ou não
Façamos parte do contexto
Sejamos todas as capas de edição especial
Mas, porém, contudo, todavia
Sejamos também a contracapa
Porque ser a capa e ser contracapa
É a beleza da contradição
É negar a si mesmo
E negar-se a si mesmo
É muitas vezes encontrar-se com Deus
Com o teu Deus
Senhoras e Senhores
Que nesse momento em que cada um se encontra agora
Um possa se encontrar ao outro
E o outro no um
Até por que
Tem horas que a gente se pergunta...

Por que é que não se junta tudo numa coisa só?

Jogos e Aplicativos para Crianças Especiais

  Temos nessa imagem duas crianças especiais (autistas) realizando atividades em dois apps: Grapho Game e ABC Autismo. Sabemos que nem sempr...